Quando pensamos sobre esta questão é comum haverem duas principais interpretações: de onde vêm as ideias para as histórias e de onde, historicamente, as histórias vêm.
De onde vêm as ideias?
A criatividade é algo essencial de ser entendido antes de debatermos sobre o passado das narrativas, pois é a partir dela que criamos as nossas histórias. Mesmo com uma ideia falsa sobre o que é a criatividade é importante dizer que ela não é um dom, mas uma habilidade do ser humano ligada à nossa capacidade de invenção e inovação. Assim como qualquer outra competência, é possível praticar a criatividade para despertá-la e desenvolvê-la, tornando-se um escritor mais criativo. A principal dica que costumo dar para desenvolver este “senso criativo” é: tenha boas/muitas referências. Um sonho, um trecho de conversa, tudo isso pode gerar uma boa ideia para sua história.
E de onde, historicamente, vêm as histórias?
Para entendermos como as histórias e o hábito de contá-las se tornou o que é hoje, podemos analisar os principais pontos onde as histórias tiveram destaque ou evoluíram, sendo eles:
1. Pré-história
Nesta fase as histórias eram contadas principalmente através das pinturas rupestres, que transmitiam os acontecimentos dos homens das cavernas (principalmente seus momentos de caça ou bravura) para o restante do seu grupo.
2. Tradição Oral
A tradição oral foi um dos principais saltos na contação de histórias, indo das histórias contadas ao redor das fogueiras à tragédia grega.
3. Tragédia Grega (6 a.C.)
A Tragédia Grega foi um dos gêneros teatrais (ou dramáticos) mais encenados durante a Grécia Antiga. As tragédias eram textos teatrais que apresentavam histórias trágicas e dramáticas derivadas das paixões humanas as quais envolveriam personagens nobres e heroicos: deuses, semideuses e heróis mitológicos. Todas elas possuíam uma característica comum: tensão permanente e o final infeliz e trágico. Algumas das obras conhecidas são: Édipo Rei, Édipo em Colona e Antígona.
4. A Poética de Aristóteles (335 – 323 a.C.)
A Poética de Aristóteles dedica-se a investigar a estética, um ramo da filosofia preocupado com o conceito de beleza e outros princípios artísticos. Como uma obra dedicada à caracterização de vários gêneros de poesia, teatro e até literatura, a poética é considerada a primeira obra existente na teoria literária. Embora outros gêneros sejam mencionados ou discutidos brevemente, a Poética se concentra principalmente na tragédia. Mas há evidências que sugerem que Aristóteles teria aplicado os mesmos princípios poéticos de maneira mais ampla. Esses princípios lidam com os conceitos de mimese, ou a arte da imitação e representação, e katharsis - Catarse, ou o processo de purgar ou limpar, que Aristóteles usou para descrever a liberação de emoções que a arte deve provocar.
É a literatura dos dias atuais, também conhecida como pós-modernista. Não existe um consenso sobre a data de início deste movimento, tampouco um estilo que predomine: vários interesses, estilos e referências “convivem” juntamente.
Seguindo a linha de raciocínio da evolução citada na postagem, torna-se nítido o resumo de criatividade: Adaptação à critérios pré existentes. Isso mostra que a leitura incessante e brainstorming são essenciais de serem praticados diariamente!

